A secretária de Saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, pôs panos quentes na polêmica acerca do programa ‘Mais Médicos’, anunciado ontem (8) pela presidente Dilma Rousseff para minimizar os problemas ocasionados pela falta de profissionais no interior do País.
Enquanto integrante do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Lúcia argumentou ser favorável à vinda de médicos estrangeiros e de brasileiros que se formaram em Medicina no exterior.
Segundo Lúcia, esses profissionais irão suprir as necessidades de municípios muito pequenos e distantes, que não conseguem fixar médicos devido à falta de infraestrutura. “Nesses municípios o médico vai uma, duas vezes por semana, no máximo, o que sobrecarrega o atendimento dos municípios de médio e grande porte”, explicou a secretária, lembrando que a proporção de médicos para cada mil habitantes no País é extremamente desigual. “Enquanto na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, é de seis para cada mil habitantes, no Sertão é de 0,57 para cada mil”, reforçou.
Para defender seu posicionamento, Lúcia, no entanto, condiciona a medida da presidente Dilma ao fato de que os médicos não atuarão no País de forma definitiva. “Eles estão vindo por tempo determinado, mas se quiserem ficar de vez, aí é outra história”, ressaltou ela. Nesse caso, segundo a secretária, torna-se necessário que os mesmos sejam submetidos ao ‘Revalida’ (exame obrigatório para médicos que queiram trabalhar no País), considerado por ela “extremamente difícil“.