O Vinhuva Protest saiu das mídias sociais e foi para as ruas de Lagoa Grande, iniciado na tarde desta sexta-feira (15) reuniu centenas de pessoas. A concentração do ato público ocorreu em frente a igreja católica ás 16h, ao som de muitas músicas, faixas e cartazes, o grupo decidiu o percurso da manifestação, que durou cerca de 2h e percorreu várias ruas e avenidas da cidade. A manifestação seguiu pacífica e não houve confronto entre a PM e manifestantes, a presença da PM na pessoa do Tenente Rinaldo e equipe foi muito importante no apoio aos manifestantes.
Gritos de guerras, cartazes, reivindicações por melhorias, foram as frase mais citadas no percurso do protesto.
Temas abordados no manifesto e argumentação:
“Pátio para os feirantes”
Moradores disseram “Eles não podem ficar andando de um lado para o outro!”. Este tema foi abordado algumas vezes no LagoaGrande.net, o vereador
Mantena Estevo foi pioneiro do tema no site, propondo soluções para os feirantes, atualmente há um entendimento provisório, os feirantes esperam a prometida audiência pública, para que os feirantes escolham o melhor local para o pátio da feira.
“Melhor saneamento”
O manifestante
Antonine Amorim chamou a atenção da população para este tema o qual disse aumentar a mortalidade infantil em Lagoa Grande segundo a pesquisadora da USP
Camila Maciel disse “Nossas crianças ficam doentes, morrem e depois não sabemos o motivo, precisamos de um saneamento que funcione!”, Camila Maciel cita cidades do sertão e dentre elas Lagoa Grande PE.
Outros cartazes dos moradores cobram:
Regularização do matadouro!
A cozinha comunitária não funciona!
Por que solidariedade com a fazenda milano e não com o povo de Lagoa Grande?
Queremos mais dialogo!
Estes foram alguns dos alvos dos manifestantes que percorreram as ruas do centro da cidade, Bairros do DR, Vasco, Estátua, Cristo Rei.
Vale destacar que em vários momentos o protesto foi interrompido para os moradores do bairro ou qualquer um dos manifestantes pudessem se pronunciar, as primeiras falas foram feitas no início do protesto um dos moradores por nome Enezio criticou o cancelamento da Vinhuva Fest.
Mais sobre o protesto
Uma professora da escola João Maria reclamou em nome da escola, pelo impostos cobrados, segundo ela mais de 150 crianças vão sair da escola.
Aparecida Diniz reclamou dos impostos cobrados as escolas, “estão atribuindo uma dívida que a gente não fez e nem conhecia, uma dívida muita grande, que fez a Escola João e Maria fechar, outra coisa e é bom deixar claro que as escolas não são contra a pagar o ISS desde que seja pago a partir dessa gestão, pois, nós fomos isentos nos anos anteriores, e nós não podemos responder se houve erro das antigas gestões com alguma documentação. Por conta desta arbitrariedade, estamos protestando não contra pessoas, mais sim contra política desastrosa, estamos exigindo direito e respeito”, disse Aparecida.
Já no Bairro DR o protesto teve mais uma parada, onde uma moradora por nome Lucia residente no bairro Morada Nova fez várias críticas, “no meu bairro não tem calçamento, falta água, o cancelamento da Vinhuva Fest fez com que eu e meu esposo não ganhássemos nosso dinheiro com nossos negócios. No mesmo bairro um morador reclamou sobre o atendimento da saúde.
Os protestantes também fizeram uma parada em frente a câmara municipal de Lagoa Grande, de acordo com algumas pessoas que estavam presentes na sessão da última terça-feira, algum vereador tinha dito que, “quem manda na cidade são eles e não o povo”, essa frase deixou os manifestantes revoltados, motivo este, que fez os mesmo pararem em frente câmera e com gritos de ordem protestaram.
Em tom de indignação Aparecida Diniz disse que não existe democracia na casa Zeferino Nunes, pois o povo não pode falar, ela disse que não precisam ter medo dela, “meu emprego não é política, não dependo de emprego desta gestão, estamos aqui por causa dos nossos direitos, não tem político por trás deste movimento”, disse Aparecida.
O manifestante Antonine Amorim aproveitou o momento o qual Aparecida terminou de se manifestar para dar sua opinião, tendo conhecimento da questão a qual a atual gestão detectou uma falha na documentação da isenção do ISS e que, esta falha se deu por parte do próprio governo, acredita que as escolas não podem responder por esta falha, disse “a função do governante é facilitar as coisas para as pessoas e não complica-las” acredita que nossa educação já é precária demais, disse: “Os políticos querem o povo burro! Pois são estes que perdem a perspectiva, dignidade e elegem os corruptos!”.
Uma mãe se emocionou ao falar que sua filha não iria mais estudar, pelo motivo do fechamento da sua escola, “eu já disse a minha mãe e repito eu não vou estudar em outra escola se a minha fechar” disse Maria Eduarda Aluna da escola João e Maria. Sua mãe com lágrimas nos olhos se lamentou e pediu que o prefeito se sensibilizasse com os alunos da escola para que a mesma não feche.
O manifestante Antonine Amorim disse que foi enviado um oficio aos onze vereadores e nenhum compareceu, “Eles não estão aqui porque não tem compromisso com o povo, queremos uma explicação mais contundente sobre o cancelamento da Vinhuva Fest, eles só aparecem de quatro em quatro anos, não estamos defendendo gestão nenhuma, pois os dois lados já mostraram que tem seus corruptos, estamos cansados disto, disse Antonine.
Foi convidado um dos comerciantes para se pronunciar mas não quis usar o microfone. O protesto foi encerrado em frente à igreja católica, ponto inicial da manifestação.
Vale destacar que os manifestantes deixaram claro, e aguarda o pronunciamento da autoridade municipal, o prefeito Dhoni Amorim para que possa se pronunciar e explicar os fatos ocorridos, ou seja, o dialogo neste momento será o caminho mais correto.
O protesto foi organizado por Antonine Amorim, Sonia Lima, Alexandre Borges, Tássila Oliveira, Reinaldo Gonçalves, Ially Bezerra e Winderson Peixoto.
O blog também abre o espaço para que o prefeito e qualquer um citado na matéria queira se pronunciar.
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