O custo da Cesta Básica sofreu uma deflação de 4,20%, comparando os meses de agosto e setembro em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Levando em consideração os nove primeiros meses do ano, a cidade acumula redução de preços dos alimentos de 3,81%. Os dados da pesquisa realizada mensalmente pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), foram divulgados nesta quinta-feira (15).
De acordo com a pesquisa, o atual custo da Cesta Básica em Petrolina é de R$ 259,46. Devido aos recordes de exportações, a carne bovina é um dos itens que continua com o preço em alta. E as pespectivas para os próximos meses, é de que com a desvalorização do real, as exportações de carne continuem aumentando. Como consequência, haverá uma menor oferta para o mercado interno.
Já o tomate, que por muitos meses foi o responsável por elevar consideravelmente o preço da Cesta Básica, teve uma expressiva redução. Recentemente houve um aumento da oferta do produto para o mercado consumidor, o que contribuiu para a queda. “Mesmo com a deflação, onde o preço do tomate baixou demais, é preciso pesquisar, porque a variação de preços é muito grande. Tem supermercado cobrando mais de R$ 7 no quilo do tomate e outros R$ 1”, explica o professor responsável pela pesquisa, João Ricardo.
Além do tomate, entre os produtos que reduziram o valor na cesta estão o feijão carioca, a farinha, o pão francês, a banana, o açúcar e a margarina. Um trabalhador do Vale do São Francisco que recebe um salário mínimo de R$ 788, gasta 31% da renda com alimentação, sobrando R$ 536,39 para outras despesas como moradia, transporte, vestuário, sáude, higiene e demais serviços pessoais.
Apesar da redução, a orientação é de que os consumidores fiquem atentos com os preços, pesquisando e procurando as melhores ofertas antes de realizar as compras.